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Nova máquina de papel flexível da Klabin no Brasil produzirá 190 mil toneladas de cartão para embalagens este ano

Apr 10, 2024

A Klabin confirmou que o ramp-up de sua nova máquina de papel flexível nº 28 (PM28) no Brasil está ocorrendo conforme o esperado e que o equipamento deverá produzir cerca de 190 mil toneladas este ano, entre kraftliner, white top liner e boxboard.

A PM entrou em operação no dia 9 de junho e atualmente segue a curva de aprendizado esperada, produzindo kraftliner durante as primeiras semanas de operação até atingir alguns parâmetros técnicos.

Em entrevista exclusiva à Fastmarkets, José Soares, diretor comercial de papéis da Klabin, detalhou que a PM continuará direcionando sua produção para produtos mais complexos, incluindo papelão e cartão para embalagens de líquidos (LPB).

Ao trabalhar a plena capacidade, a PM28 terá capacidade para produzir 460 mil toneladas de papelão por ano. Os tipos de papelão revestido de branco, como cartão triplex e sólido, totalizarão 105 mil toneladas desse total depois que a empresa concluir um investimento adicional no projeto em 2024.

Soares comentou que o novo PM teve um arranque muito tranquilo, com menos problemas técnicos em comparação com os projetos anteriores, e a produção de caixas deverá começar antes do final de julho.

O executivo ressaltou que o foco da PM28 são as exportações, já que as vendas internas totais do mercado brasileiro de papelão em 2022 foram de 625 mil toneladas.

“Não seria possível alocar toda a nova produção deste MP no mercado interno, tem que ser no mercado internacional”, disse Soares, acrescentando que os participantes do mercado local não devem esperar um grande influxo de tonelagens extras atingindo o mercado.

Segundo Soares, mesmo que a Klabin decidisse direcionar mais volume aos clientes brasileiros, isso não aconteceria de imediato, já que os compradores de caixas exigem diversas etapas de testes.

“Primeiro precisamos convencer os usuários finais, depois as gráficas e só depois vender o papelão. Mesmo que quiséssemos, não seria simples. Claro que venderemos também no mercado interno, mas é um processo. Isso não acontece da noite para o dia”, argumentou.

Relativamente às vendas internacionais, Soares explicou que a produção do novo PM será espalhada por todo o globo, com alguns compradores importantes colocados na América do Norte e na Europa.

“Com o PM28, a Klabin terá presença mais forte na região europeia; também o mercado do Sudeste Asiático, que é muito importante, e a América Latina, por exemplo.”

O novo PM ajudará a Klabin a alcançar mais clientes ao permitir que a empresa ofereça papelão leve e com altas propriedades tecnológicas; um movimento semelhante ao que aconteceu com o kraftliner no passado, quando as empresas procuravam papelão ondulado mais leve.

O novo PM oferecerá papel com uma mistura de fibras de madeira longa e macia que permitirá que a gramatura caia significativamente, e os clientes produzirão mais metros lineares com as mesmas tonelagens que costumavam comprar no passado.

A empresa também quer alcançar novos clientes nos mercados farmacêutico e de beleza em 2024 com o fornecimento de papelão branco.

“Também chegaremos a novos segmentos do mercado alimentar, de clientes promocionais e publicitários e do mercado editorial em geral”, destacou Soares. Com notas brancas, o executivo acredita que o portfólio da Klabin ficará “completo”, principalmente para o setor de food service.

Como exemplo, Soares citou os mercados de bandejas para alimentos e copos de papel: “Já produzimos copos marrons por fora e brancos por dentro, mas no próximo ano teremos copos totalmente brancos, atendendo a ambas as preferências”.

Segundo Soares, 50-60% da produção da PM28 será destinada aos mercados de leite e cerveja, esta última com cartão transportador. Os restantes 40% da produção serão diversificados, “ainda [principalmente] na indústria alimentar”.

Atualmente, cerca de 60% dos volumes de PM28 estão sob contrato, patamar que pode chegar a 70% nos próximos meses.

Soares comentou que as perspectivas de curto prazo para o mercado de papelão no Brasil são positivas, já que o segundo semestre tende a ser melhor historicamente.